Borrego e Queijo terrincho

O concelho de Torre de Moncorvo possui uma gastronomía variadissima, sendo o Borrego Terrincho, um produto com denominação de origen protegida, pertencente à raça churra da Terra transmontana. O maneio tradicional detes animais, que se alimentam sobretudo de ervas espontâneas, confere à carne carateristicas de gustação diferenciadas. Sublinhamos, também, o queijo terrincho(DOP) que é feto de leite de ovelha da raça autóctone, apresentando-se sob as formas de fresco, semi-curado, ou curado.

DOÇARIA

Amendoa coberta

Da abundância de amêndoa na região, surgem as típicas Amêndoas Cobertas de Moncorvo; exlibris da doçaria local,  obtêm-se levando o açúcar a um ponto especial e lançando-o, lentamente, numa bacia de cobre, polida, sobre as amêndoas que estão a torrar. Por debaixo, a bacia de cobre está ligeiramente aquecida, a um lume brando e constante. Constante e prolongado é também o trabalho da mulher que vai mexendo os grãos, com os dedos enfiados em dedais, para que as amêndoas ganhem os característicos biquinhos. As amêndoas ficam então cobertas por uma camada homogénea de açúcar.

Ignora-se quando começou esta atividade artesanal, pelas terras de Moncorvo. Porém, já em 1886 na Exposição Universal de Paris e, 10 anos depois, na Feira Internacional de Filadélfia, a Câmara Municipal de Torre de Moncorvo fazia grande figura com este produto, justamente celebrado pela crítica da especialidade.

Fabricam-se três tipos de amêndoa coberta: a Tradicional, de cor branca, amêndoa coberta só com açúcar, cujo fabrico demora cerca de um mês; a Peladinha, quase só o grão, coberto por uma ligeira camada de açúcar, demorando 7 dias para ser confecionada; a Morena em que ao açúcar se junta um pouco de canela ou, em vez de açúcar, se utiliza chocolate.

Cavacas, canelões e pão moreno

As cavacas de Moncorvo são autênticos montes de neve, doces e crocantes. Depois de se fazer a massa, são cozidas no forno. Por fim são cobertas com uma camada de açucar.

Os canelões, segundo a tradição, terá origens judaicas. O seu fabrico centra-se nas aldeias de urros, Peredo dos castelhanos e Açoreira. Peça esencial para o seu fabrico é o ferro – idéntico ao ferro de fazer hóstias. Da confeção da fina massa colocada no ferro quente, sobre as brasas da lareira, até ao enrolar na cana, está um segredo que perdura por gerações.

Pão moreno

Doce típico de algunas aldeias, com muita tradição na zona leste do concelho. Este bolo muito apreciado, tem como ingredientes fundamentais a canela e a aguardente, que lhe conferem a cor escura e um sabor inconfundivel. Muitas vezes é acompanhado de queijo de cabra ou de ovelha. Tradicionalmente, era servido nos casamentos e batizados, já que lhe conferiam propiedades afrodisiacas.

Migas e peixes do Rio

Por ter a única aldeia piscatória do Distrito, cabanas de baixo – Foz do Sabor -, o concelho de torre de moncorvo promove anualmente o festival das “Migas e peixes do Rio” que atrai centenas de visitantes. Este prato típico pode, aliás, ser saboreado durante todo o ano e a sua gustação podem ser os peixinhos fritos com o molho da ribeira, as migas de peixe, ou então peixe de escabeche.

Outros Pratos típicos

Migas e omelete de espargos

Os espargos selvagens são uma saborosa iguaria apreciada na primavera. Na nossa região, a recolha dos espargos constitui uma atividade campestre de lazer, sendo possível encontrá-los nos olivais, nas bermas dos caminos ou mesmo em terrenos incultos.

Nos restaurantes dos concelho são servidos quer sob a forma de omelete, com os espargos cortados, como também migas do mesmo com ovo escalfado. Estes pratos servem de aperitivo ou de acompanhamento a outros pratos de maior substância.